É com muito gosto que venho adicionar algumas notas relativas aos webinar que constam da tarefa desta semana. Em primeiro lugar quero referir que a Professora Ariana Cosme é, na minha opinião,uma das pensadoras mais brilhantes deste tempo que vivemos. Li o seu livro com entusiasmo, em novembro de 2018, quando a minha Diretora me lançou o desafio de prepararmos apresentações para fóruns de partilha no âmbito do nosso percurso no PAFC. Em boa hora peguei no livro da Professorara Ariana e não descansei enquanto não acabei. Tal como no seu discurso oral, também no registo escrito, o seu pensamento flui com uma enorme clareza, sem redundâncias desnecessárias ou floreados estilísticos. Concordo inteiramente com as palavras muitas vezes repetidas pela Professora Ariana nos diversos encontros com professores, em que generosamente tem participado, quando diz que vivemos um tempo bom na educação, um tempo de oportunidades. Cabe-nos a enorme responsabilidade de não deixar escapar esta oportunidade. Muitas são as vozes discordantes, daqueles que não acreditam neste modelo, ou não acreditam que a escola esteja preparada para abraçar esta mudança. Pois bem, a escola somos todos nós!
Analisando os dois webinar saliento como mais relevante o grande princípio orientador do PAFC enquanto projecto para a inclusão e para a afirmação da escola enquanto instrumento de mobilidade social. Considero inspirador este desígnio ambicioso de podermos contribuir, ainda no tempo das nossas vidas para uma escola verdadeiramente democrática. Sinto que estamos a ser convocados para uma tarefa muito exigente, que nos vai tirar da nossa "zona de conforto", mas considero também que temos muito apoio para, de forma estruturada, com passos firmes e seguros, assimilar a mudança que se impõe. Refiro-me nomeadamente ao enorme investimento em formação de grande qualidade que tem sido disponibilizada aos docentes.
Olá Rita! Sem dúvida que a professora Ariana Cosme é uma grande pensadora da educação nos tempos modernos. Concordo também contigo quando te referes ao contributo dos docentes para uma escola verdadeiramente democrática. Não acredito, pese embora todos os esforços, que a mesma consiga atingir tal perfeição, dado que a sociedade estabelece balizas que condicionam, por vezes, a forma de estar no ensino. Mas, evidentemente, que somos nós, professores, os primeiros a acreditar que tal será possível. Beijinhos, querida colega!
Volto a este espaço de reflexão após ter deixado passar a semana de discussão das questões colocadas na sala virtual 1, pelo que apresento as minhas desculpas. Li com interesse os comentários de todos os intervenientes. Considero que as diversas reflexões espelham bem o tempo que vivemos. Não diria de uma revolução, mas de uma assimilação de algumas mudanças. Mudança na forma de pensar a sala de aula olhando a escola de uma forma mais abrangente na perspetiva de uma "Comunidade de aprendizagem" onde o trabalho colaborativo entre professores pode contribuir para o desenho de atividades de aprendizagem onde os alunos assumem o papel de produtores do conhecimento.
Apesar de fora de tempo, gostaria de deixar o meu testemunho relativamente às questões colocadas.
Em relação à questão "De acordo com as leituras realizadas, as visualizações dos vídeos, e com a experiência que já têm, que aspetos do PAFC vos parecem ter sido mais difíceis de colocar em prática? E mais fáceis?", a principal dificuldade prende-se com a organização do tempo de trabalho colaborativo entre docentes para a planificação do trabalho interdisciplinar. Nestes dois anos de trabalho em torno da construção de um domínio de autonomia curricular (DAC) anual entre duas disciplinas, Ciências Naturais e Físico-Química, a experiência tem sido muitíssimo positiva. Posso testemunhar que tem sido um percurso realizado com uma energia renovada e entusiasmo pela atividade docente, apesar da dificuldade de encontrar o tempo para preparar as atividades. O grupo de colegas com quem trabalho diariamente em sala de aula e com quem partilho o trabalho de planificação das atividades de aprendizagem tem proporcionado um ambiente estimulante e desafiador. Penso que temos conseguido aliar inovação com a estabilidade necessária ao cumprimento do curriculo das disciplinas envolvidas neste DAC. Este compromisso tem sido encontrado tendo como referência para a planificação das atividades DAC a priorização das Aprendizagens Essenciais das duas disciplinas, nomeadamente no que se refere às atividades de caráter prático e experimental. Procuramos encontrar uma abordagem transdisciplinar, encontrando pontos comuns entre os conteúdos das duas disciplinas. Quanto às estratégias temos o compromisso de serem sempre momentos de aprendizagem colaborativa e em regime de oficina de aprendizagem. As docentes preparam as aulas tendo em vista a promoção das competências transversais, assumindo um papel de orientadores do trabalho dos grupos de alunos. Assim as aulas DAC (1 tempo semanal no 7º ano e 2 tempos semanais no 8º ano) assumem-se como momento de mobilização dos conhecimentos de Ciência Naturais e Físico-Química. Este modelo permite um equilíbrio entre as duas aulas semanais lecionadas em separado e estes momentos de trabalho prático e colaborativo. recorremos a uma ferramenta baseada nos princípios da neuroeducação que propõe a abordagem ao curriculo a partir de uma narrativa de aprendizagem, um fio condutor que permite contextualizar as aprendizagens, atribuir-lhes significado e motivar os alunos. Por forma a conseguir esta coerência e intencionalidade de estratégias é muito importante que a planificação seja meticulosa e realizada com bastante antecedência. O tempo de trabalho colaborativo entre as docentes envolvidas, antes do início do ano letivo tem sido fundamental para a concretização deste DAC. Relativamente à segunda questão creio que a resposta está contida nas linhas anteriores.
Boa!!! Bem vinda Rita!
ResponderEliminarOlá colegas e Srs. formadores
ResponderEliminarÉ com muito gosto que venho adicionar algumas notas relativas aos webinar que constam da tarefa desta semana.
Em primeiro lugar quero referir que a Professora Ariana Cosme é, na minha opinião,uma das pensadoras mais brilhantes deste tempo que vivemos. Li o seu livro com entusiasmo, em novembro de 2018, quando a minha Diretora me lançou o desafio de prepararmos apresentações para fóruns de partilha no âmbito do nosso percurso no PAFC. Em boa hora peguei no livro da Professorara Ariana e não descansei enquanto não acabei. Tal como no seu discurso oral, também no registo escrito, o seu pensamento flui com uma enorme clareza, sem redundâncias desnecessárias ou floreados estilísticos.
Concordo inteiramente com as palavras muitas vezes repetidas pela Professora Ariana nos diversos encontros com professores, em que generosamente tem participado, quando diz que vivemos um tempo bom na educação, um tempo de oportunidades. Cabe-nos a enorme responsabilidade de não deixar escapar esta oportunidade. Muitas são as vozes discordantes, daqueles que não acreditam neste modelo, ou não acreditam que a escola esteja preparada para abraçar esta mudança. Pois bem, a escola somos todos nós!
Analisando os dois webinar saliento como mais relevante o grande princípio orientador do PAFC enquanto projecto para a inclusão e para a afirmação da escola enquanto instrumento de mobilidade social. Considero inspirador este desígnio ambicioso de podermos contribuir, ainda no tempo das nossas vidas para uma escola verdadeiramente democrática. Sinto que estamos a ser convocados para uma tarefa muito exigente, que nos vai tirar da nossa "zona de conforto", mas considero também que temos muito apoio para, de forma estruturada, com passos firmes e seguros, assimilar a mudança que se impõe. Refiro-me nomeadamente ao enorme investimento em formação de grande qualidade que tem sido disponibilizada aos docentes.
Olá Rita! Sem dúvida que a professora Ariana Cosme é uma grande pensadora da educação nos tempos modernos. Concordo também contigo quando te referes ao contributo dos docentes para uma escola verdadeiramente democrática. Não acredito, pese embora todos os esforços, que a mesma consiga atingir tal perfeição, dado que a sociedade estabelece balizas que condicionam, por vezes, a forma de estar no ensino. Mas, evidentemente, que somos nós, professores, os primeiros a acreditar que tal será possível. Beijinhos, querida colega!
EliminarVolto a este espaço de reflexão após ter deixado passar a semana de discussão das questões colocadas na sala virtual 1, pelo que apresento as minhas desculpas. Li com interesse os comentários de todos os intervenientes. Considero que as diversas reflexões espelham bem o tempo que vivemos. Não diria de uma revolução, mas de uma assimilação de algumas mudanças. Mudança na forma de pensar a sala de aula olhando a escola de uma forma mais abrangente na perspetiva de uma "Comunidade de aprendizagem" onde o trabalho colaborativo entre professores pode contribuir para o desenho de atividades de aprendizagem onde os alunos assumem o papel de produtores do conhecimento.
ResponderEliminarApesar de fora de tempo, gostaria de deixar o meu testemunho relativamente às questões colocadas.
Em relação à questão "De acordo com as leituras realizadas, as visualizações dos vídeos, e com a experiência que já têm, que aspetos do PAFC vos parecem ter sido mais difíceis de colocar em prática? E mais fáceis?", a principal dificuldade prende-se com a organização do tempo de trabalho colaborativo entre docentes para a planificação do trabalho interdisciplinar. Nestes dois anos de trabalho em torno da construção de um domínio de autonomia curricular (DAC) anual entre duas disciplinas, Ciências Naturais e Físico-Química, a experiência tem sido muitíssimo positiva. Posso testemunhar que tem sido um percurso realizado com uma energia renovada e entusiasmo pela atividade docente, apesar da dificuldade de encontrar o tempo para preparar as atividades. O grupo de colegas com quem trabalho diariamente em sala de aula e com quem partilho o trabalho de planificação das atividades de aprendizagem tem proporcionado um ambiente estimulante e desafiador. Penso que temos conseguido aliar inovação com a estabilidade necessária ao cumprimento do curriculo das disciplinas envolvidas neste DAC. Este compromisso tem sido encontrado tendo como referência para a planificação das atividades DAC a priorização das Aprendizagens Essenciais das duas disciplinas, nomeadamente no que se refere às atividades de caráter prático e experimental. Procuramos encontrar uma abordagem transdisciplinar, encontrando pontos comuns entre os conteúdos das duas disciplinas. Quanto às estratégias temos o compromisso de serem sempre momentos de aprendizagem colaborativa e em regime de oficina de aprendizagem. As docentes preparam as aulas tendo em vista a promoção das competências transversais, assumindo um papel de orientadores do trabalho dos grupos de alunos. Assim as aulas DAC (1 tempo semanal no 7º ano e 2 tempos semanais no 8º ano) assumem-se como momento de mobilização dos conhecimentos de Ciência Naturais e Físico-Química. Este modelo permite um equilíbrio entre as duas aulas semanais lecionadas em separado e estes momentos de trabalho prático e colaborativo. recorremos a uma ferramenta baseada nos princípios da neuroeducação que propõe a abordagem ao curriculo a partir de uma narrativa de aprendizagem, um fio condutor que permite contextualizar as aprendizagens, atribuir-lhes significado e motivar os alunos. Por forma a conseguir esta coerência e intencionalidade de estratégias é muito importante que a planificação seja meticulosa e realizada com bastante antecedência. O tempo de trabalho colaborativo entre as docentes envolvidas, antes do início do ano letivo tem sido fundamental para a concretização deste DAC.
Relativamente à segunda questão creio que a resposta está contida nas linhas anteriores.
Cumprimentos a todos!